Governo Lula rejeita acordo e greve de professores federais continua

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Lula estabeleceu um prazo final para que professores federais aceitem a proposta de reajuste, agravando as tensões durante a greve em curso

 

O Governo Federal, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, fechou as portas para novas negociações de reajuste salarial com professores federais, que estão em greve desde 15 de abril. A administração enviou um email a sindicatos na terça-feira (21), posicionando-se firmemente contra a continuidade do diálogo e impondo um prazo final até a próxima segunda-feira (27) para a aceitação de sua última oferta.

O impasse surgiu após o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior) decidir na segunda-feira (20) manter a paralisação, rejeitando a proposta do governo de um aumento salarial de 4,5% ao ano para 2025 e 2026, postergando o reajuste desejado pelos professores que seria já a partir deste ano.

Em resposta às demandas do sindicato, que incluem um aumento de 7,06% em 2024 e ajustes subsequentes, o governo respondeu que sua oferta era definitiva e que não haveria espaço para novas contrapropostas. “O governo federal expressa uma imensa intransigência com o processo negocial, além de um desrespeito com a dinâmica grevista”, afirmou Gustavo Seferian, presidente do Andes.

A greve tem afetado 31 instituições federais de ensino, incluindo 26 universidades e quatro institutos federais, com professores exigindo não apenas reajuste salarial, mas também investimentos adicionais nas instituições.

O Ministério da Educação (MEC) afirma estar aberto ao diálogo, embora as negociações até o momento não tenham resultado em um acordo que termine a paralisação. A situação atual evidencia um conflito crescente que reflete as dificuldades do governo em atender às exigências dos professores sem comprometer o orçamento federal.

A próxima etapa do processo ocorrerá em 27 de maio, quando o sindicato poderá apresentar uma nova contraproposta, apesar do ultimato do governo. A escalada na tensão sugere que a resolução do impasse ainda está distante, com possíveis repercussões significativas para o setor educacional brasileiro.

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