Respeito é um valor que se conquista praticando atos submissos à lei, com prudência e sabedoria na prática de tais atos
Diferentemente dos poderes executivo e legislativo, que possuem o mecanismo eleitoral como meio de se reinventar, trocando periodicamente seus integrantes quando a credibilidade se corrói, pelas suas especificidades de inamovibilidade-irredutibilidade salarial-vitaliciedade, o poder judiciário não dispõe desse mecanismo de reinvenção quando se depara com o descrédito da sociedade.
Vale lembrar que esse descrédito, ainda não contaminou a totalidade do que consideramos o verdadeiro judiciário (1a. e 2a. instâncias), mas a continuar nessa toada, será uma questão de tempo.
Dito isso, voltemos ao tema central desta reflexão, isto é o que é respeito e temor.
Respeito é um valor que se conquista praticando atos submissos à lei, com prudência e sabedoria na prática de tais atos, e esses fundamentos se constituem em obrigação que se exige de qualquer exercente de função pública, seja ele um simples contínuo ou um ministro de corte judicial.
Temor é sinônimo de medo, apavoramento e que não enfrentando resistência, se transforma em terror.
Induvidoso que ao longo dos últimos anos, a atuação desastrada de alguns ministros, provocou enorme corrosão na credibilidade daquela corte, valendo relembrar quando “mete a colher enferrujada onde não deve” como decidir campeonato de futebol, escolha de local para competição esportiva até confissão de crime, quando uma ministra confessa a ilegalidade da decisão mas que “era só aquela vez”.
Mais grave do que isso é a escandalosa atuação no processo eleitoral, flagrantemente controversa.
Mas como o que é ruim pode piorar, prisões antecipadas sem qualquer fundamento legal, num desrespeito flagrante à Constituição e a memória dos constituintes.
Isso, sem esquecer a prisão de mais de 2.000 brasileiros sob acusação de “terroristas”, episódio que causaria inveja nas melhores agências de inteligência do mundo, como a KGB, o MOSSAD, a CIA e outros que foram surpreendidos com a captura e prisão de 2.000 terroristas numa tarde de domingo, feito que nenhuma dessas agências conseguiu fazer ao longo de toda sua existência.
Seria risível se não fosse trágico.
Se vivo, Stanislau Ponte Preta teria uma fonte inesgotável para sua obra literária.
Mas enfim, esses ministros se esforçaram muito para a corrosão da credibilidade daquela corte, e conseguiram pois hoje é difícil encontrar alguém que empreste respeito aquela corte.
O que se percebe é o pavor, terror estampado nos rostos dos cidadãos quando se fala na corte.
E esse estado de coisas não corre o risco de dar certo, pois a própria história do mundo ensina que o respeito é duradouro, mas o medo e o terror acabam no exato momento em que os aterrorizados se sentem tão acuados que só enxergam como alternativa se insurgirem como kamikazes.
Não é a toa que a sabedoria popular leciona que “não se pode acuar o animal a ponto dele não enxergar a saída”.
Por derradeiro, mas nem por isso menos importante, a história ensina também que tudo passa e tudo muda, principalmente as pessoas.
Passou da hora de todas as facetas do estado reconhecerem seu papel de servir à nação e entender que devem servir à nação, nos estritos limites da Lei, de sorte que não presenciemos um “os 7 de Chicago “ em terras tupiniquins.
Brasília, 08 de maio de 2023
Acilino de Almeida Neto
Alberto Jorge Leite
Amilton Figueiredo
André Luís Nunes Gomes
Cacy Vera de Araújo
Cristiano Caiado
Dulce de Moraes
Everardo Alves Ribeiro
Everardo Gueiros
Fátima Bispo
Guilherme Pontes
Israel Pinheiro Torres
Lisbeth Bastos
Mário Sérgio Ramos
Raimundo Ribeiro
Ricardo Callado
Ronan Ramirez
Wandenes Nomelini
Cidadãos conscientes