Hotel e pet shop são boas opções para os cães
Vai viajar e não sabe onde deixar o seu pet e o que fazer para que ele não sinta tanto a sua falta? Adestradores e veterinários dizem que o que o animal precisa é se sentir seguro quando o dono for embora. Caminhadas, interagir com outros bichos e estar perto de objetos familiares são sempre boas opções. A presença de um profissional para saber treiná-lo é aconselhável. E é importante também checar se o hotel ou casa de conhecidos têm espaço e pessoas treinadas para ficar com ele.
Aos que têm cachorro, a médica veterinária Ana Catarina do Vale, uma das pioneiras em Medicina Veterinária com Viscum álbum injetável no Brasil já alerta que os animais que nunca ficaram sozinhos vão demorar cerca de três dias para se acostumar. “O cachorro se adapta mais rápido, o gato nunca vai se adaptar, porque ele é extremamente ligado ao ambiente em que vive e não muito ao dono. Aos donos de gatos que pretendem viajar, indico os chamados ‘catsistters’, profissionais que vão todos os dias à casa do cliente para alimentar e trocar a caixa de areia. “O gato é caseiro e adora uma rotina, se você quebrá-la, ele vai sentir”, ressalta Ana Catarina.
Agora, se você tem a possibilidade de viajar com o seu pet, é importante ficar atento e tomar certos cuidados com a saúde do animal. Alguns pontos importantes antes de colocar o pé na estrada:
• Documentação:
“A carteira de vacinação é como um documento e deve sempre estar com o responsável pelo PET, pois em caso de qualquer enfermidade, o veterinário da cidade onde estiverem, poderá ter acesso ao histórico do animal”, explica Ana Catarina do Vale. É possível solicitar por meio do órgão competente (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) o passaporte de cães e gatos, exigido apenas para viagens internacionais.
• Atestado sanitário:
No caso de viagens internacionais, é preciso que a pessoa se atente a algumas normas e exigências para entrar no país desejado e nos meios de transporte, como ônibus e avião. Segundo a legislação brasileira, o atestado de saúde atende às normas e diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Assinado por veterinário, o atestado serve para certificar que a saúde do pet esteja em dia e que ele tenha boas condições para viajar ao exterior. As exigências para o atestado de saúde para pets dependem de cada país, sendo um documento que avalia a saúde do animal de estimação.
• Kit Higiênico:
Deve conter: saquinho plástico, lenço umedecido, tapetinho higiênico, além da nécessaire básica do pet, com: escova de dentes, shampoo, condicionador, pente e todos os acessórios pessoais do bichinho.
• Recipiente com água:
“Estar sempre à mão nos passeios com o pet, lembrando de fazer sempre a troca por água fresca e limpa”, orienta Ana Catarina.
• Anti-pulgas e carrapatos:
“É recomendável a aplicação de remédios (antes) ou logo no início da viagem, para evitar que os animais peguem pulgas e carrapatos”, recomenda a especialista. Entre as opções disponíveis via manipulação veterinária estão: via oral ou tópica na forma de spray ou pour on.
• Identificação:
Além dos cuidados acima listados, os proprietários de pets devem atentar-se para a inserção dos dados do bichinho em sua coleira. Além do nome, informe também o telefone, e-mail e endereço. Esses dados ajudarão no reencontro entre tutores e pets em caso de emergência. Para o passaporte é necessário que o animal tenha microchip, e a colocação deste é muito segura, cada animal recebe um microchip individual e não é possível perder como a coleira, já que é implantado debaixo da pele do animal.
• Viagens longas de carro?
Cuide para que seja um passeio tranquilo. Alguns pets ficam muito agitados durante passeios de carro e viagens longas, para estes casos é recomendado conversar com o veterinário para indicar a melhor medicação se necessário, para deixá-lo mais tranquilo. Faça pequenos intervalos durante o percurso para que seu pet possa fazer suas necessidades e esticar as pernas. Ofereça água fresca e, se precisar alimentá-lo, ofereça pequenas porções. Mas o mais importante: acomode-o em caixa de transporte adequada ou utilize peitoral com cinto de segurança, caso a viagem seja mais rápida. Para o transporte de gatos, que costumam se assustar com mais facilidade, o indicado é transportar apenas em caixas adequadas. Os peixes devem ser deslocados apenas em sacos plásticos e os passarinhos devem ser transportados em gaiolas.
• Requisitos importantes para viagem de carro, aérea e terrestre:
Os proprietários também devem atentar-se aos requisitos impostos pelo Código de Trânsito Brasileiro e pelas companhias aéreas e terrestres para o embarque com Pets. Nos sites listados abaixo é possível acessar as regras gerais da legislação vigente, bem como as orientações e documentos necessários exigidos em algumas companhias.
Animais silvestres
Tartarugas, peixes, macacos, passarinhos também sentem falta de seus donos. Uns mais outros menos. “Os répteis são os mais adaptáveis. Eles quase não se apegam ao dono, só ao ambiente”, diz o veterinário da Natural Pet dr. Elber Costa, que possui uma vasta experiência em atendimento clínico e odontológico de Animais Silvestres & Exóticos.
Aos donos, Elber recomenda que, ao deixar o animal em um hotel ou com alguém conhecido, a rotina de alimentação não seja quebrada. O veterinário explica que casa de familiar ou conhecido só são boas para deixar o animal caso ele tenha uma boa relação com a pessoa. Se não, o mais seguro é levar a um hotel especializado.