Quais as vantagens dos FIIs de tijolo e fundos de papel?

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Os fundos de tijolo – que investem diretamente em imóveis – e os fundos de papel, que alocam capital na dívida do setor imobiliário, tem funções diferentes em uma carteira de FIIs. Ambos possuem vantagens e são muito importantes para geração de renda recorrente aos seus cotistas.

Em relação aos FIIs de tijolos, basicamente, eles possuem maior segurança em comparação com os FIIs de papel. Geralmente, seus imóveis possuem muito valor agregado. Com contatos típicos ou atípicos, os fundos são protegidos caso haja alguma inadimplência ou quebra de contrato.

Mesmo em momento de crise no segmento imobiliário, as gestoras dos fundos de tijolos podem negociar os imóveis, negociar o valor dos aluguéis e assim, criar formas para reduzir os espaços vagos (vacância).

Além disso, os aluguéis são anualmente reajustados pela inflação, o que traz uma valorização dos rendimentos no longo prazo. Com toda certeza, essa é uma das principais vantagens dos fundos imobiliários de tijolos: eles protegem o capital do investidor ao longo do tempo, com os reajustes anuais dos aluguéis.

De igual modo, os fundos também fazem vendas com ganhos de capital, gerando ainda mais valor para os cotistas.

Outra vantagem dos fundos de tijolo é a sua valorização patrimonial. Anualmente, seus imóveis são avaliados e seus valores de mercado são valorizados, o que pode significar um aumento progressivo no valor da cota dos FIIs.

Os fundos de papel também possuem grandes vantagens em uma carteira de investimentos em FIIs. Como os fundos investem em certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), mensalmente eles são remunerados pelas empresas que tomam dívidas com o FII. Por isso, os rendimentos dos FIIs de papel são corrigidos mensalmente pela inflação.

Se você analisar qualquer relatório gerencial de um fundo de CRI, verá que os ativos possuem taxas, do tipo “IPCA + 7%”, ou “CDI + 4%”. Isso significa que o fundo receberá a inflação somada a uma taxa prefixada. No segundo exemplo, o FII receberá o valor do CDI mais uma taxa.

Ou seja, mesmo em contextos inflacionários ou com juros elevados, os fundos de papel remuneram seus cotistas com um “spread” bastante vantajoso. Enquanto os FIIs de tijolo repassam a inflação aos cotistas no longo prazo, os fundos de CRI são mais “imediatos”.

Porém, a valorização patrimonial dos FIIs de CRI não é tão forte quanto dos fundos de tijolos. Como os ativos de crédito são marcados a mercado, as mudanças no valor do seu patrimônio são menos constantes.

Diante das vantagens dos fundos de tijolos e fundos de papel, podemos perceber que ambos possuem características que se complementam. Se os primeiros possuem a valorização patrimonial como vantagem principal, os FIIs de CRI são eficientes no repasse da inflação.

Portanto, o melhor é diversificar sua carteira e possuir os dois tipos de FIIs em seu portfólio.

Fonte: Funds Express

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