Iniciativa no Hospital de Base foca em segurança e recuperação pós-operatória
Brasília, 25 de abril de 2025 – O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) lançou nesta quinta-feira (24), no Hospital de Base (HBDF), o Programa de Redução de Infecção de Sítio Cirúrgico (Prisc), com foco na melhoria da segurança dos pacientes e na diminuição de complicações pós-cirúrgicas.
O Prisc foi desenvolvido pelo Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (Nucih) e propõe um conjunto de ações integradas envolvendo capacitação das equipes, protocolos de prevenção e monitoramento constante. A ideia é minimizar os riscos desde o pré-operatório até o cuidado após a cirurgia, beneficiando diretamente os pacientes e otimizando a recuperação.
Entre as estratégias adotadas estão o controle rigoroso de higiene no ambiente cirúrgico, uso adequado de antibióticos, controle de temperatura e glicemia, além do reforço nas orientações para equipes médicas e pacientes.
Segundo a gerente-geral de Assistência do HBDF, Fernanda Abdul Hak, o impacto esperado é significativo. “Infecções após cirurgias são um desafio global e exigem medidas preventivas antes mesmo do paciente chegar ao centro cirúrgico. O Prisc vem justamente para preencher essa lacuna com soluções eficazes”, explicou.
O infectologista Tazio Vanni ressaltou a importância da tradição do Hospital de Base em procedimentos cirúrgicos. “Somos referência no Centro-Oeste e seguimos inovando com protocolos como o Prisc, que refletem nosso compromisso com a qualidade do atendimento.”
A diretora de Inovação, Ensino e Pesquisa, Emanuela Dourado, frisou que o programa representa um avanço importante para toda a rede de saúde do Distrito Federal. Já o médico Julival Ribeiro lembrou que o projeto é fruto de mais de um ano de planejamento e contou com contribuições de especialistas internacionais, como o cirurgião Atul Gawande, da Universidade de Harvard, que compartilhou experiências bem-sucedidas de prevenção na África.
Além do HBDF, o programa será estendido ao Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), ampliando seu impacto em todo o DF. A expectativa é que a metodologia se torne referência nacional e internacional em segurança cirúrgica.