Levantamento é divulgado no mês em que se comemora a profissão, uma das mais procuradas no país. Dados serão apresentados para 150 convidados, em evento no dia 9, na sede do escritório, no Lago Sul

Uma pesquisa inédita, realizada pelo Instituto Opinião, por encomenda do advogado tributarista Jacques Veloso, da Veloso de Melo Advogados – um dos maiores escritórios da área em Brasília -, mapeou a realidade do profissional de advocacia no Distrito Federal, nas fases de pandemia e pós-pandemia.
A ideia foi traçar o perfil dos escritórios e dos advogados que atuam no DF, com todos os desafios impostos pela maior crise sanitária dos últimos tempos. Ouvindo 300 entrevistados brasilienses, o levantamento traz informações sobre o perfil do advogado que atua no DF; faixa de renda em nível local; áreas do Direito com maior demanda no DF; e principais desafios encontrados nos períodos de pandemia e, agora, de pós-pandemia.
Para Jacques Veloso, olhar para estes dados, de forma panorâmica, permite ao mercado entender os pontos de acerto e de atenção para programar o futuro. “Alguns dados da pesquisa apontam para caminhos díspares do que entendemos ser o ideal. Mas também sinaliza grandes oportunidades, sobretudo, para quem está começando na carreira”, afirma.
Divulgada no mês em que se comemora o dia do advogado (dia 11 de agosto), como parte da programação alusiva à data, a pesquisa levou dois meses para ser concluída. Realizadas entre 6 e 15 de junho, as entrevistas foram sorteadas de uma base de dados representativa (300 profissionais) do universo de advogados do DF. A margem de erro é de 4,7% para extrapolação dos resultados; e o nível de confiança dos dados é de 95%.
Entre os principais dados apurados estão: 69% afirmaram atuar como advogados no âmbito do DF; 25% exercem outras ocupações profissionais (são servidores públicos ou estão aposentados); 73% atuam na área cível; e 75% atuam de forma autônoma.
Outro apontamento que chama a atenção diz respeito ao exercício da profissão. Dos que não atuam mais como advogados, 45,3% declararam ter mudado de atividade profissional; 19,8% tornou-se servidor público; 16,3% se aposentaram; 7% atualmente tem foco em estudos e concurso público; 3,5% mudaram por motivos de ordem pessoal; e 3,5% não se interessam mais pela profissão.
De acordo com o levantamento, 57,6% dos profissionais atuantes no mercado são do sexo masculino; e a maioria (21%) está na faixa de 31 a 35 anos. Quarenta e três por cento dos entrevistados têm entre seis e dez anos de carreira; e a maioria tem especialização nas áreas cível (42,9%), penal (21,7%) e trabalhista (13,6%).
Já a renda pessoal mensal de 22,4% gira em torno de R$ 14 mil, mas 32,10% ganham abaixo do piso de R$ 5.194,35, estabelecido pela OAB no DF.
Também chama a atenção no levantamento o número de advogados por escritório: 39,7 %, portanto a maioria, tem entre três e cinco profissionais, enquanto 20,6% têm até 2 advogados por escritório.
Entre as áreas com maior volume de profissionais atuando, destacam-se: Cível (com 74,9% dos entrevistados); Trabalhista (27,3%); e Penal (23,7%). A maioria também atua como autônomo (74,9%), enquanto apenas cerca de 23% dos advogados estão em escritórios ou jurídicos de empresas.
Quando perguntados sobre a utilização da tabela da OAB para balizar seus orçamentos, 65,9% dos entrevistados disseram fazer uso do parâmetro. No entanto, 23,9% informaram não usá-la; e 10,2% disseram usar apenas às vezes.
“Um dos dados revelados pela pesquisa, considerado preocupante, é que 32% dos entrevistados declaram, por exemplo, trabalhar com honorários abaixo do piso salarial”, afirma Jacques, que tem quase 30 anos de carreira.
Entre os desafios apontados pela categoria, destacam-se: preço/valores/honorários (19,4%); morosidade judiciária (14,7%); e atrasos de pagamentos e formas de pagamento (10%).
A boa notícia trazida pela sondagem é que 62,6% dos entrevistados, portanto a maioria neste quesito de percepção sobre o profissional e o ambiente de trabalho, têm uma imagem positiva da profissão, ainda que 32,3% entendo que a advocacia seja vista com desconfiança e falta de credibilidade.
Os dados apurados serão trabalhados ao longo dos próximos meses nas redes sociais do escritório; e um evento para 150 profissionais convidados marcará a divulgação da pesquisa, no próximo dia 9 de agosto, na sede do escritório, do Lago Sul.
Sobre a Veloso de Melo Advogados – Um dos escritórios de advocacia mais respeitados do país, o Veloso de Melo Advogados tem 25 anos de experiência. Atualmente, atua nas áreas de Direito tributário, Direito Societário e Projeção Institucional. Tem como sócios Jacques Veloso, Tathiana Del Aguila, Kiko Omena e Sueny Almeida.