Primeiro pontífice latino-americano faleceu na Casa Santa Marta após luta contra pneumonia
Da Redação
O Papa Francisco, líder da Igreja Católica, faleceu na manhã desta segunda-feira (21), aos 88 anos, em sua residência na Casa Santa Marta, no Vaticano. O anúncio foi feito pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana, às 9h45, horário local. A causa da morte ainda não foi oficialmente confirmada, mas o pontífice enfrentava complicações de uma pneumonia infecciosa, que o levou a uma internação de 38 dias no Hospital Gemelli, em Roma, até 23 de março. Sua última aparição pública ocorreu no domingo (20), durante a bênção de Páscoa na Praça de São Pedro.
Nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, Argentina, em 1936, Francisco foi o primeiro papa jesuíta e latino-americano, eleito em 2013. Durante seus 12 anos de pontificado, destacou-se por sua simplicidade, defesa dos pobres e críticas à desigualdade social. Suas encíclicas, como Laudato si’ (2015) e Fratelli tutti (2020), marcaram um apelo por justiça social e cuidado com o meio ambiente. Ele também promoveu uma Igreja mais inclusiva, nomeando mulheres para cargos de liderança e incentivando o diálogo inter-religioso, embora enfrentasse resistências de setores conservadores.
O Vaticano entrou em período de sede vacante, com o cardeal Farrell assumindo temporariamente a administração. O funeral está previsto para ocorrer em até seis dias, na Praça de São Pedro, e Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, conforme seu desejo. O conclave para eleger o novo papa deve começar em 15 a 20 dias, reunindo 138 cardeais eleitores, a maioria indicada por Francisco.
Líderes mundiais, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente da Itália, Sergio Mattarella, expressaram condolências, destacando o legado de paz e humildade do pontífice. No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) ainda não se pronunciou oficialmente.
