Levantamento do Paraná Pesquisas indica que 70,8% dos entrevistados que conhecem o caso questionam pena de 14 anos
Da Redação
Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Paraná Pesquisas revela que 70,8% dos brasileiros informados sobre a condenação de Débora Santos, cabeleireira sentenciada a 14 anos de prisão por sua participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, consideram a pena injusta. O estudo entrevistou 2.020 eleitores em todo o país, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
Débora foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado, após escrever “Perdeu, mané” com batom na estátua “Justiça”, de Alfredo Ceschiatti, durante a invasão da Praça dos Três Poderes. O levantamento não detalhou as razões específicas para a percepção de injustiça, mas o caso tem gerado debates nas redes sociais e na esfera política.
A pesquisa ocorre em meio à tramitação do Projeto de Lei da Anistia, que propõe perdão aos envolvidos nos atos e já alcançou assinaturas para regime de urgência na Câmara dos Deputados. O STF, responsável pela sentença, mantém a posição de que as penas são necessárias para proteger a “democracia”.