Projeto oferece atendimento e capacitação para mães de crianças com deficiência
Brasília, 11 de junho de 2025 – A região administrativa de Sol Nascente/Pôr do Sol recebe nesta semana o projeto Mães Mais que Especiais, promovido pela Secretaria da Mulher do Distrito Federal em parceria com o Instituto Cultural Social (INCS). A iniciativa, pioneira no país, é voltada ao atendimento gratuito de mães e cuidadoras de crianças com deficiência ou neuroatipias, oferecendo uma ampla rede de serviços e apoio multidisciplinar.
A ação, que é itinerante e gratuita, estará disponível até sexta-feira (14), levando ao público feminino atendimentos de saúde, apoio psicológico, capacitação profissional, orientação jurídica e atividades culturais. Sol Nascente/Pôr do Sol é a sexta localidade a receber o projeto, que já passou por Ceilândia, Santa Maria, Planaltina, Samambaia e São Sebastião.
O objetivo é proporcionar bem-estar e dignidade para mulheres que enfrentam uma rotina exaustiva, marcada pela tripla jornada entre trabalho, tarefas domésticas e os cuidados com filhos com deficiência. Segundo a vice-governadora Celina Leão, o projeto foi criado para “cuidar de quem cuida”, promovendo suporte integral para essas mães por meio de atendimentos terapêuticos, psicológicos e ações de empoderamento.
Até agora, o programa já realizou mais de 6 mil atendimentos e formou cerca de 840 mulheres em cursos variados. As capacitações abrangem temas como beleza, tecnologia, redes sociais, finanças e empreendedorismo, sempre com turmas de até 20 participantes. Além disso, práticas integrativas como yoga, musicoterapia e terapias em grupo fazem parte da programação.
Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, o projeto reforça o compromisso do Governo do Distrito Federal com a valorização das mães atípicas: “Elas são protagonistas da própria história, e nossa missão é garantir que tenham apoio e meios para se fortalecer”.
A dona de casa Mayra Rodrigues, 28 anos, mãe de Miguel, uma criança com deficiência intelectual, relata o impacto positivo da participação: “Além da qualificação, esse espaço me oferece um tempo para mim. Cuido do meu filho, mas também preciso estar bem para continuar”.
Jaciara Santiago, 31 anos, outra participante do projeto, também encontrou uma oportunidade para gerar renda a partir do aprendizado: “O diagnóstico do meu filho foi difícil, e aqui encontrei apoio. Com o curso de design de sobrancelhas e extensão de cílios, posso trabalhar em casa e ajudar financeiramente. Isso muda tudo para nós”.
A diretora de Políticas Públicas para Mulheres, Dayana Nunes Feitosa, destaca a importância da ação ser itinerante: “Muitas mães não conseguem se deslocar com filhos cadeirantes ou com outras deficiências. O projeto vai até elas, na porta de casa, garantindo inclusão e acesso”.