Casa Branca mapeia renda de cônjuges de magistrados para reforçar medidas contra Supremo, visando maior impacto financeiro
Da Redação
O governo do presidente Donald Trump estuda ampliar sanções financeiras contra familiares de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), direcionando-as às esposas que possuem escritórios de advocacia, conforme informações publicadas pelo portal Metrópoles nesta quinta-feira (22). A estratégia, que antecipa reações do STF às sanções que poderão ser impostas ao ministro Alexandre de Moraes, busca aumentar a eficácia das medidas ao atingir a principal fonte de renda familiar dos magistrados, identificada como proveniente desses escritórios.
A Casa Branca, segundo fontes do governo americano, mapeou os escritórios de advocacia ligados às cônjuges dos ministros, considerando que o bloqueio financeiro seria mais efetivo ao incluir essas entidades. As sanções contra Moraes, iniciadas em fevereiro de 2025, foram motivadas por ordens judiciais que suspenderam contas de redes sociais de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o influenciador Allan dos Santos, o que Trump classificou como violação da liberdade de expressão nos EUA.
O movimento ocorre em meio a tensões entre o governo Trump e o STF, após ações como a suspensão de contas na plataforma Rumble e no Truth Social, de propriedade de Trump. A Advocacia-Geral da União (AGU) representa Moraes nos EUA, argumentando que as ordens judiciais brasileiras não têm aplicação extraterritorial. O STF e o Planalto não comentaram a nova investida americana.