Uederson Aparecido, de 38 anos, foi capturado em Vicente Pires após fugir do local do crime. A vítima, Jainia Delfina de Assis, de 42 anos, foi morta com duas facadas no pescoço
Da Redação
Neste domingo (16), a Polícia Civil confirmou a prisão de Uederson Aparecido, suspeito de assassinar sua companheira, Jainia Delfina de Assis, dentro de casa na Estrutural, no Distrito Federal. O crime ocorreu por volta das 12h30 do sábado (15).
Segundo a polícia, Jainia, de 42 anos, foi morta com duas facadas no pescoço. Uederson, de 38 anos, fugiu após o crime, mas foi preso pela Polícia Militar em Vicente Pires, onde confessou o homicídio. O porta-voz da PMDF, Michello Bueno, informou que a prisão se deu após “informações repassadas por populares”.
Quando a equipe policial chegou ao local, encontrou Uederson sendo agredido por populares. “O suspeito foi preso e levado ao Hospital de Base para atendimento médico. Após realizado, o suspeito foi levado à 8ª Delegacia de Polícia”, explicou o militar.
Confissão e Investigação
Aos policiais, Uederson afirmou que a motivação do crime foi a alegação de que Jainia teria confessado ter transmitido HIV para ele. No entanto, a família da vítima negou essa informação. O corpo de Jainia foi encontrado pela ex-sogra cerca de uma hora após o crime.
A delegada-chefe Bruna Eiras, responsável pelo caso, declarou que se trata de um feminicídio. De acordo com as investigações, Jainia tinha uma medida protetiva contra Uederson, com quem estava há menos de dois anos, e já havia registrado uma ocorrência de Maria da Penha contra ele no ano passado pelos crimes de injúria e vias de fato, mas decidiu reatar o relacionamento.
Histórico criminal
Uederson respondia por um homicídio e estava em prisão domiciliar desde novembro de 2022. Jainia, que trabalhava como auxiliar de serviços gerais, deixa três filhos de 19, 15 e 4 anos, nenhum deles filho do suspeito. Este é o oitavo feminicídio registrado no Distrito Federal em 2024.
A filha de Jainia afirmou que o relacionamento do casal era conturbado devido à conduta agressiva de Uederson, que é natural de Mato Grosso e já havia cometido um crime no estado.
O caso segue sendo investigado pela 8ª Delegacia de Polícia, na Estrutural.
