Documento busca banir urnas eletrônicas nos EUA e destaca apenas biometria do sistema eleitoral brasileiro como referência
Da Redação
Informações veiculadas por parte da imprensa brasileira indicaram que o governo de Donald Trump teria apontado as urnas eletrônicas do Brasil como modelo para o sistema de votação americano. No entanto, a Ordem Executiva assinada por Trump nesta terça-feira (25), disponível no site da Casa Branca, propõe o oposto: a proibição de urnas eletrônicas nos Estados Unidos e a adoção exclusiva do voto em papel como método de apuração. A confusão gerou debates sobre a interpretação do documento.
O texto da ordem destaca o sistema de identificação biométrica utilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro como exemplo de mecanismo eficaz para verificar a identidade dos eleitores. O governo americano elogiou a exigência de biometria para garantir que apenas cidadãos registrados votem, mas não fez menção positiva ao uso de urnas eletrônicas. Trump, que reassumiu a presidência em 20 de janeiro de 2025, já havia defendido em discursos anteriores a volta do voto impresso, posição reiterada no documento.
A narrativa de que as urnas eletrônicas brasileiras foram elogiadas ganhou força após declarações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão da Primeira Turma nesta quarta-feira (26), mas posts em redes sociais e análises do texto oficial desmentem essa interpretação. O TSE ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso até o momento.