Anúncios digitais aumentam 500% em período eleitoral

Consultor Gustavo Coelho explica por que as campanhas ficam mais caras nessa época

No dia 30 de outubro, mais de 156 milhões de eleitores aptos a votar vão às urnas eleger o próximo presidente da República, assim como governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Mas se nos grandes veículos de comunicação cada candidato e partido conta com um espaço e duração pré-definidos, o mesmo não acontece nas redes sociais e nos portais de notícias, onde todos disputam em igualdade pela atenção dos internautas.

Não à toa, partidos políticos já gastaram R$ 1,2 bilhão nos últimos oito meses com anúncios na internet. E se por um lado os investimentos nas redes sociais aumentam nesse período, por outro, com a concorrência mais acirrada por audiência, o custo dos anúncios digitais aumenta 500% no período eleitoral, segundo o consultor de anúncios digitais Gustavo Coelho.

De acordo com o especialista, a grande demanda de campanhas por parte de partidos políticos torna o leilão de anúncios nas redes sociais mais competitivo e, consequentemente, o custo por clique mais caro para outros anunciantes.

O custo por clique nas redes sociais é determinado por uma espécie de leilão que é medido pelo COM (custo por mil visualizações). Cada público tem o seu próprio CPM que é definido pela quantidade de concorrentes que anunciam para um mesmo público.

Gustavo Coelho

“Os partidos políticos investem altas quantias em anúncios no Facebook e Instagram, e como eles anunciam para um público muito amplo (maiores de 18 anos), afetam todas as camadas do leilão, aumentando assim o CPM de todos os públicos e consequentemente o custo por clique. Quando a política entra, como eles colocam muito dinheiro, o anúncio fica mais caro para todo mundo”, explica o especialista.

Segundo pesquisas recentes de empresas como AdEspresso e WordStream, o custo médio para anunciar no Facebook, gira entre R$ 2,00 a R$ 12,00m por semana. Mas pelas análises do consultor Gustavo Coelho, os cliques para públicos similares aos escolhidos por partidos políticos, aumentam 500% nessa época do ano.

“É aquele velho ditado da lei da oferta e procura. Se muitas marcas e empresas estão em busca da sua audiência, a concorrência vai determinar o preço por quem pagar mais”, comenta Coelho.
Sobre Gustavo Coelho:

Há 16 anos especializado em tráfego pago, Gustavo Coelho é uma das maiores referências do assunto no Brasil. Já ganhou, inclusive, destaque do próprio Google Brasil por suas performances de anúncios na plataforma. Hoje, atua como consultor de anúncios pagos para grandes empresas e palestrante. Além disso, está à frente de cursos on-line e mentorias para mais de 3000 mil brasileiros que atuam como profissionais liberais, autônomos e pequenas e médias empresas e que buscam nos anúncios digitais a chance de captar mais clientes e promover seus negócios.

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