Política & Opinião | As Eleições de 22 já começaram

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Estrategistas políticos costumam dar ao ano que antecede às eleições uma importância maior ou igual ao dito período eleitoral. É quando se iniciam as conversas para definições de chapas, alianças e acordos políticos. E será no segundo semestre de 21 que os bastidores esquentam. O governador Ibaneis Rocha (MDB) vai tentar à reeleição. Se conseguir este feito, será o primeiro a ter dois mandatos desde o ex-governador Joaquim Roriz. Curiosidades a parte, o partido do governador é o mesmo que Roriz militou durante décadas; parte da equipe que está ajudando Ibaneis no Buriti esteve junto com o ex-governador. Mas na política não existem coincidências. É preciso competência.

 

Articulações

Enquanto a oposição patina atrás de um candidato, Ibaneis ganha apoio a cada semana, seja de partidos ou de lideranças políticas. Aliado a boa articulação que vem sendo feita pelo governador, estão as grandes obras sendo entregues a população ou em fase de execução. Outra semelhança, já que Roriz era conhecido por suas grandes realizações. Mas coincidência não existe.

Patinando

Já existe hoje uma liderança colocada para enfrentar Ibaneis nas Eleições de 22. O que há são possíveis postulantes, candidatos, por enquanto, de si mesmo. Alguém, por exemplo, que convoque políticos de oposição para sentar e coloque estratégias na mesa não há. Ainda batem cabeça na composição da chapa.

As quatro oposições

Quando se fala em oposição se imagina que seja um grupo político ou uma liderança que possa fazer o contraponto ao atual governante. Mas a fragmentação e justamente a ausência de um líder nato criam pelo menos quatro grupos opositores. Cada um lançando suas cartas na mesa. E o jogador conhece o jogo pela regra. E uma das regras, como dizia Roriz, na política é preciso ciscar pra dentro. Ou seja, aglutinar o maior apoio possível. Em sentido contrário, a oposição de Ibaneis pulveriza, fragmenta.

Candidatura Izalci

A primeira candidatura de oposição e, provavelmente, a mais consistente, será do senador Izalci Lucas (PSDB). Em 18, ele já havia posto seu nome para disputar o Governo do Distrito Federal. Mas em situação semelhante a de hoje, todos eram candidatos de si mesmo, e a oposição não conseguiu se unir em um mesmo grupo. O cenário da eleição passada ajudou o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) a chegar ao segundo turno, mesmo muito mal avaliado na avaliação de governo. E a vitória coube a Ibaneis Rocha, um estreante na política.

Candidatura Izalci 2

De todos os postulantes, Izalci Lucas é que tem o melhor histórico político e musculatura eleitoral. Pesa contra ele o fato do seu partido não está bem estruturado, a falta de alianças locais e um palanque fraco nacionalmente. Se mudar de partido e conseguir aglutinar algumas legendas a sua chapa, pode figurar como protagonista em 22. É bom lembrar que Izalci não tem o que perder, pois caso não consiga se eleger, terá ainda mais quatro anos no Senado. É um bom nome.

A Família Belmonte

A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania) e o seu marido, advogado e suplente de senador Luiz Felipe Belmonte, articulador no DF da Aliança pelo Brasil, montam uma frente na disputa ao GDF. O casal teve conversas inclusive com o senador Reguffe (Podemos). O bom trabalho de Paula na Câmara, o histórico de votação de Reguffe e o poderio econômico de Luiz Felipe formam um tripé que não pode ser ignorado. O casal, inclusive, tem pretensões de comprar um veículo de imprensa tradicional na Capital Federal, mas as conversas não avançaram. Uma composição com Izalci não é descartada, mas em um grupo onde todos querem a cabeça de chapa, fica difícil um acordo. É a repetição de 18.

PT e seus satélites

O ex-presidente Lula sonha em disputar novamente a Presidência da República, depois de uma longa temporada no cárcere, condenado por corrupção. Liberado no jeitinho pelo STF, Lula vai precisar de palanque nos Estados e no DF. Em Brasília, fala-se dos nomes do ex-deputado Geraldo Magela e do deputado distrital Chico Vigilante para concorrer ao GDF. O PT deve atrair novamente o PCdoB em sua aliança. Mas será coadjuvante nas eleições do próximo ano. A população ainda não esqueceu do desastre que foi a administração do ex-governador Agnelo Queiroz (PT), que chegou inclusive a ser preso acusado de corrupção. Tanto Magela, quanto Vigilante, são bons nomes, com histórico político, bons articuladores e que sabem dialogar. Quem sair candidato ao Buriti, cumprirá sua missão no objetivo maior de eleger Lula.

Radicais livres

A derradeira oposição ao governador Ibaneis vem dos partidos de extrema esquerda, como o PSol e a Rede, e de esquerda moderada ou quase, como o Novo e o PSB da senadora Leila Barros. São partidos que por afinidade poderiam muito bem marchar juntos com o PT. A cláusula de barreira, que pode levar muitos partidos a extinção, talvez force essas legendas a colocar um candidato ao governo. São os ditos figurantes.

 

“Toda vez que a secretaria puder antecipar a vacinação ou o agendamento quanto à vacinação das pessoas, a gente vai fazer, para poder antecipar a todos a vacinação”

Osnei Okumoto, secretário de Saúde do Distrito Federal, sobre a vacinação da população com idade de 58 anos, que começou nesta terça-feira (8), um dia após o início da aplicação do imunizante para quem tem 59 anos. A vacinação no DF avança.

 

 

 

O O deputado distrital Leandro Grass (Rede) dispara em sua rede social contra os deputados federais do Distrito Federal que recebem auxílio para manter residência em Brasília, mesmo já sendo moradores antigos de Brasília. Um desperdício de dinheiro público. Crítica acertada do distrital.

 

 

A Câmara Legislativa perdeu tempo essa semana promovendo audiência pública remota para debater a mudança do nome da ponte Costa e Silva. *** Existe um movimento querendo mudar o nome para Ponte Honestino Guimarães, um líder estudantil da década de 70 que sinceramente a população de Brasília não faz a menor ideia de quem seja. *** Se for para mudar de nome, prefiro a sugestão do jornalista Luciano Lima, lançada nas redes sociais, para homenagear o cantor Renato Russo. *** Esse todos sabem de verdade quem foi e que levou o nome de Brasília mundo afora. *** Tem muito político, principalmente os novatos, que busca qualquer bobagem para aparecer. *** As Darlenes da política que não conseguem viver sem holofotes. *** E assim surgem aberrações que não passam de perda de tempo e dinheiro do contribuinte. *** A política não pode ser espaço de lacração e mimimi. *** Querem aprender a fazer política de verdade, busque exemplos como o do deputado Chico Vigilante, que defende a sua causa, a sua categoria, e a sua Ceilândia, sem precisar de lacrações. *** Faz o discurso duro de oposição, sem perder o foco do que realmente é importante para o contribuinte. 

 

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