Deputados distritais criticam proposta de mudança no cálculo do FCDF

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Eduardo Pedrosa (União Brasil) defendeu articulação com o Congresso Nacional para barrar a mudança

A possibilidade de mudança de cálculo do reajuste anual do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), ideia defendida pelo governo federal, foi criticada nesta terça-feira (3) por deputados da Câmara Legislativa. Atualmente o FCDF é corrigido anualmente de acordo com a variação da receita corrente líquida da União. A ideia do governo federal é que o fundo seja reajustado anualmente de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O deputado Pepa (PP) alertou para o impacto da medida no bolso dos servidores públicos. “Essa mudança vai inviabilizar as negociações de reajuste com a segurança pública, saúde e educação. Muitas carreiras serão comprometidas, principalmente no ano de 2025. Precisamos fazer com que o FCDF seja respeitado”, disse.

Para o deputado Hermeto (MDB), a mudança no cálculo do FCDF pode comprometer a segurança pública do Distrito Federal. “Estamos com menos de 10 mil homens na Polícia Militar. A projeção é muito triste, pois ficaremos impossibilitados de recompor o efetivo da PMDF se essa proposta de mudança no FCDF passar. Hoje saem mais policiais do que entram. Precisamos nos unir em defesa do fundo. Nós não temos grandes empresas ou turismo, como o Rio de Janeiro tem, e por isso precisamos desses recursos do fundo”, afirmou.

Eduardo Pedrosa (União Brasil) defendeu articulação com o Congresso Nacional para barrar a mudança. “O governador me ligou, conversamos e procurei o presidente nacional do União Brasil para buscarmos apoio para manter o nosso FCDF. Cada centavo do fundo conta para garantir as contas do Distrito Federal em dia. Os recursos são essenciais para que o DF continue avançando e honrando seus compromissos”, defendeu.

Iolando (MDB) concordou com o colega. “O FCDF é uma questão de sobrevivência, de vida ou morte para os servidores da saúde, educação e segurança. A população do DF corre o risco de perder seus direitos”, alertou.

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