Plataforma já responde por 60% das ocorrências na Polícia Civil do DF
Brasília, 8 de junho de 2025 — A Delegacia Eletrônica da Polícia Civil do Distrito Federal (DPEL/PCDF) alcançou um marco expressivo ao completar oito anos de funcionamento, com um acumulado de 1.661.581 ocorrências registradas desde sua criação. No dia 22 de abril deste ano, a unidade atingiu um novo recorde ao analisar e homologar 1.028 registros em apenas 24 horas.
Desde que foi transformada em unidade autônoma em 2017, a DPEL tem se consolidado como uma ferramenta estratégica no combate à criminalidade, sendo responsável por cerca de 60% dos registros de ocorrências da PCDF. A iniciativa visa ampliar o acesso da população à segurança pública com agilidade, comodidade e redução de filas nas delegacias físicas, ao mesmo tempo em que libera os agentes para a atividade investigativa.
Com protocolos digitais modernos e reconhecidos nacionalmente, a plataforma da DPEL serve de modelo para outras polícias civis do país. Um dos principais destaques é o Projeto Maria da Penha Online, que permite o registro de ocorrências e o pedido de medidas protetivas com encaminhamento direto ao Poder Judiciário. Desenvolvido em 2021 por servidores da própria delegacia, o projeto já recebeu premiação do Fórum Brasileiro de Segurança Pública por sua eficiência, sigilo e rapidez.
De acordo com Haendel Fonseca, diretor da DPEL, o foco da unidade é a resposta rápida e eficaz. “A Delegacia Eletrônica é uma peça-chave da estratégia de modernização da Polícia Civil. Temos conseguido agilizar o trâmite entre o registro e a resposta policial, especialmente em casos urgentes, como violência doméstica e crimes contra a vida.”
Segundo ele, nos casos que envolvem vítimas vulneráveis — mulheres, crianças, adolescentes e idosos —, o sistema encaminha as medidas protetivas ao Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) em tempo real, com decisões judiciais deferidas em até uma hora após o registro. O índice de aprovação das medidas chega a 89%.
O canal virtual é hoje o terceiro mais acionado da PCDF para ocorrências de violência contra a mulher. Em média, o tempo entre o registro e a resposta judicial é de apenas duas horas. A plataforma também acolhe registros de todas as naturezas criminais, incluindo casos graves, como homicídios e desaparecimentos. Situações de flagrante e ocorrências emergenciais encaminhadas por hospitais também são recebidas pela delegacia virtual.
Outro ponto forte da DPEL é a acessibilidade. O sistema permite que as vítimas relatem os fatos com suas próprias palavras, sem a necessidade de comparecer a uma delegacia. Isso garante mais conforto, preservação da intimidade e segurança às pessoas envolvidas.
Para aprimorar ainda mais os serviços, a Delegacia Eletrônica vem investindo na automatização de registros recorrentes, como fraudes e crimes virtuais. Também foi desenvolvido um sistema específico para o registro online de fatos atípicos, mas relevantes para o Judiciário, que agora devem ser informados exclusivamente pela plataforma digital.
Até o momento, só em 2025, mais de 100 mil ocorrências já foram homologadas pela Delegacia Eletrônica, que se firma como um canal essencial, funcional e acessível para a população do Distrito Federal.