ARTIGO | PPCUB: ESTAMOS JOGANDO XADREZ COMO POMBOS

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Por Luciano Lima

O registro, em anexo, é de um dos inúmeros debates e discussões que proporcionei sobre o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília, o PPCUB, que está em voga. Na foto comigo, em 2013, nos bastidores do programa “É PAPO FIRME, da Rádio Federal: Cássio Werneck, do “Cidade Fala”, o urbanista e professor Frederico Flósculo, a escritora e gestora em turismo Leiliane Rebouças e o jornalista Chico Sant’Anna.

Quero iniciar este texto dizendo que infelizmente os debates sobre quase tudo e todos foram contaminados por disputas políticas e ideológicas, o que impede muita gente de ser razoável, imparcial e até honesta, já que permeia nesse tipo de pensamento e comportamento uma imensa desonestidade intelectual.

A clássica frase “Não tanto ao céu, nem tanto à terra” remete-nos ao ato sugestivo de não nos tornarmos extremistas. E é exatamente o que falta em praticamente todos os principais debates no Brasil nos tempos atuais. E posso afirmar que o PPCUB não está fora de toda essa contaminação.

O PPCUB está há anos sendo debatido e toda vez que algum interesse é contrariado, interrompe-se o andamento da apreciação do projeto. Ou seja, falta seriedade! E quem perde? A cidade, os moradores e o setor produtivo.

Venho por meio deste texto pedir que todos tenham honestidade intelectual e comprometimento com a cidade. Sem essa de “Bolsonarista ou Lulista”, de “Católico ou Evangélico”, de “Heterossexual ou Homossexual e de “Preto ou Branco”. A ignorância, o provincianismo, a maldade e os interesses ideológicos precisam estar distantes.

O PPCUB, dentro do olhar sério da coisa pública, tem pontos positivos e pontos negativos. Existem dentro do PPCUB sugestões óbvias que precisam ser alteradas para que a cidade possa se desenvolver. No entanto, existem pontos claros que podem deixar brechas para uma desfiguração do plano urbanístico de Brasília que é único.

É preciso trazer segurança jurídica para quem quer empreender, sem que a cidade seja desfigurada. Não podemos aceitar que o desenvolvimento seja transformado em um vilão, como têm sugerido maldosamente alguns veículos de comunicação. Falta republicanismo!

*Luciano Lima é jornalista, radialista e historiador

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